Presidente da República
elogia a capacidade das
mulheres em se desdobrar
para sobreviver

Vitrina, 23.09.2025 – O Presidente
da república ressaltou o papel das mulheres em várias esferas da
sociedade são-tomense. Carlos Vila Nova considerou as mulheres como
verdadeiras educadoras, defensoras de valores e construtoras de
esperança para as gerações futuras.
O elogio do chefe de Estado ao
papel das mulheres do seu país aconteceu durante a celebração do dia
19 de setembro, dia consagrado as mulheres de São Tomé e Príncipe.
Representantes de todas as franjas da sociedade feminina
participaram sexta-feira 19, na celebração de mais um aniversário do
dia das Mulheres de São Tomé e Príncipe.
A ministra da justiça, assuntos
parlamentares e direitos da mulher lembrou o papel das mulheres na
luta pela independência do país. “A manifestação de 1974
impulsionada tanto pela exigência pela independência quanto pela
luta das necessidades básicas de sobrevivência estabeleceu a mulher
são-tomense como um braço potente na sua luta e na fundação da
republica”, lembrou a Ministra da justiça, assuntos parlamentares e
direitos da mulher.
A governante reconheceu o que
considera de uma notável evolução desde a luta colonial da mulher
até os tempos atuais. ”A coragem de exigir a independência no âmbito
político abriu caminho para que as mulheres exigisses e
conquistasses espaços em outras esferas. Hoje a nova geração de
mulheres domina o ensino superior e ocupam posições de destaque. O
percurso de vendedora de peixe para médica, jurista, gestoras de
empresas, ministras, deputadas, jornalistas e não só, é a prova
tangível do legado das carreiras de 1974”, acrescentou Vera Cravid.
Carlos Vila Nova que presidiu o
ato central das atividades para assinalar a efeméride, considerou as
mulheres como verdadeiras educadoras, defensoras de valores e
construtoras de esperança para as gerações futuras.
O presidente da república
rememorou a histórica manifestação de 19 de setembro que deu lugar
ao surgimento da primeira organização da mulher do país e lembrou as
palavras da saudosa Alda do Espírito Santo. ”A mulher são-tomense
com a sua coragem silenciosas soube transformar sofrimento em luta e
a luta em esperança”. Carlos Vila Nova sublinhou que desde essa
altura as mulheres têm contribuído para cada etapa da história
recente do país.
“Na educação como professoras e
formadoras de geração, na saúde como médicas, enfermeiras e
cuidadoras, nas Forças Armadas e serviços de segurança, enfrentando
desafios de coragem antes impensáveis, na política onde têm
conquistado espaços de decisão e de liderança, destacando-se a
aprovação da lei da paridade, passo decisivo para maior igualdade de
gênero nos órgãos de decisão”.
O chefe de estado que presidiu o
ato central de 19 de setembro, dia da mulher são-tomense lamentou,
entretanto que em alguns casos as mulheres continuam a auferir
rendimentos inferior ao dos homens elogiou o fato delas conseguirem
encontrar mecanismos de sobrevivência.
“As mulheres apesar de em média
possuírem rendimentos inferiores aos homens conseguiram arranjar
mecanismos de resistência, de sobrevivência e de adaptação face as
novas realidades que se foram impondo”, disse. Carlos Vila Nova
abordou também o assunto incontornável da vivencia social em
são-tomense príncipe. “Não obstante os avanços, ainda persistem
grandes desafios.
A violência doméstica, o abuso de
menores, o desemprego, particularmente no seio da camada feminina”,
lembrou Carlos Vila Nova considerando que “as mulheres são as mais
afetadas durante as crises”.
Ato central para a celebração do
dia da mulher são-tomense reúne no palácio dos congressos centenas
de participantes numa atividade que as autoridades procuram unir
todas as mulheres, não importa que ramo partidário pertencem.
M. Barro
