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Operadores económicos reclamam falta de

transparência nas licitações públicas

Vitrina, 11.09.2025 – A Camara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviço, CCIAS, promoveu esta quarta-feira (10) um workshop sobre a Lei de Licitação Pública. Mais de três dezenas de operadores económicos, representantes de serviços de consultorias, fornecedores de bens e prestação de serviços participaram no evento que serviu também de palco para reclamação da falta de transparência no processo de aprovação dos resultados das licitações públicas promovidas por organismos de Estado.

“A licitação continua a ter vários aspetos em que a sua implementação, na verdade, não funciona”, criticou Hamilton Cruz, da CIEM. “É claro que quando o setor privado participa num concurso, o ideal é que as pessoas ganhem o concurso pelo mérito (…) e a lei existe exatamente para ajudar nesse aspeto”, explica Hamilton.

Para o representante da CIEM, “quando tal não acontece, as empresas acabam por ficar desmotivadas porque estão a fazer o seu melhor, estão a trabalhar, estão a investir, mas o resultado prático não os motiva porque apresentam empresas que não têm o mesmo tipo de comportamento e que acabam por ganhar estes concursos”.

A formação foi organizada em parceria como Gabinete de Coordenação e Seguimento do Sistema de Licitações, Cossil, cujo objetivo foi essencialmente transmitir aos homens de negócios as tramitações dos concursos públicos promovidos por instituições governamentais. Representantes de vários setores privados do país marcaram as suas intervenções por irregularidades no funcionamento dos concursos e necessidade de atualização da lei em vigor.

“No concurso público há algumas empresas que, por vezes, quando não ganham reclamam. No entanto, o órgão contratante quando lança o concurso público, ele é gerido por uma lei 8/2009. Pode haver um ou outro aspeto que não esteja de conformidade com os participantes que têm toda a legitimidade para fazer as suas impugnações”, defendeu Kelman de Ceita, coordenador do COSSIL.

O sector privado diz que falta de transparência nos resultados das licitações penaliza muitas vezes aqueles que realmente ganham os concursos lançados pelo estado. O vice-presidente da Camara de Comércio, Indústria, Agricultura e Serviço considera que a formação contribuiu para melhorar o desempenho tanto do setor privado como público. “É importante que o setor privado conheça cada vez melhor os regulamentos, a lei de licitação pública o que permite participar melhor nas compras públicas”, explicou o vice-presidente da CCIAS.

Mário Teixeira defendeu ainda que a sua instituição deseja ver melhorado o ambiente de negócio entre o setor público e privado, por isso defende a revisão da Lei de Licitação Pública em vigor que data de 2008.

“Há aqui um processo de modernização e nós queremos caminhar para que a contratação pública seja uma contratação pública eletrónica, que evite o máximo de interferência de ser humano, para eliminarmos a subjetividade e passarmos a funcionar num mercado mais fácil, com menos custos e mais transparente”, sublinhou o vice presidente da Camara de Comércio.

M. Barro

 

 

 

 

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